O MAIOR GÊNIO DA RENASCENÇA TAMBÉM ADMIRA GATOS...

(Marcelo Fontana)

"Mesmo o menor dos felinos é uma obra de arte" Leonardo da Vinci

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O Renascimento introduziu novas formas de pensamento à cultura a partir do século XV.
Os conhecimentos recém-descobertos sobre anatomia, fisiologia e geometria foram imediatamente incorporados à arte, enquanto a filosofia apresentava um enfoque mais realista e humano quanto aos dilemas morais.
A Igreja ainda era onipresente, mas deixou de ter na arte um veículo quase exclusivo.

O início do movimento deu-se na Itália, alcançando todo o ocidente, e Florença era um dos principais centros. No apogeu dessa efervescência cultural (1495 a 1520), entre artistas brilhantes, Leonardo da Vinci destacou-se como um dos maiores gênios que a humanidade já produziu.
Muito mais do que um artista, suas especialidades incluíam astronomia, escultura, geologia, matemática, botânica, filosofia e estudos de comportamento animal. Além disso, era também inventor, engenheiro, arquiteto e músico. Suas habilidades pareciam não ter fim, e relatos da época dão conta de que era também um homem belíssimo fisicamente.


(Foto: Cats_Leonardo )
(Foto: Cats_Leonardo
Porta-jóias com detalhes do trabalho de Leonardo da Vinci

 

(Foto: Cats_Leonardo )

 

Porta-jóias com detalhes do trabalho de Leonardo da Vinci

 

Dentre as inúmeras obras que ele produziu, uma se destaca pela singularidade do tema. Os felinos, por suas características únicas, sempre foram alvo de controvérsia. Por isso, dificilmente eram retratados na Idade Média (sua figura muitas vezes era associada ao maligno).
Leonardo, amparado por sua genialidade e fama de excêntrico, além de declarar explicitamente sua admiração (dizendo que o menor dos felinos era uma obra de arte), elaborou o "Estudo dos Movimentos e Posições dos Gatos." Admiração explícita: Leonardo da Vinci analisa as posições e os movimentos dos gatos, através do estudo da anatomia dos felinos "

 

CONTADOR DE HISTÓRIAS

Uma curiosidade interessante: Leonardo da Vinci também contava histórias com fundo moral, como Esopo e La Fontaine. Essas fábulas eram curtas, mas continham raciocínios complexos. Cada uma enfocava situações distintas de inveja, ciúmes e egoísmo, bem como os benefícios da compaixão, ternura, honestidade e generosidade. O curioso é que essas histórias não eram necessariamente feitas para crianças, mas principalmente para ensinar sabedoria aos adultos.

Esses contos foram modificados conforme eram passados de boca-a-boca, e por isso existem várias versões diferentes, adaptadas segundo o ambiente (e necessidades) de quem as contava. Conheça uma delas:

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O RATO, A DONINHA E O GATO

Certa manhã, um ratinho não podia deixar sua toca, porque uma doninha faminta esperava do lado de fora. Ele sabia que estava correndo um perigo enorme, e tremia de medo. Mas, de repente, um gato surgiu do nada e pulou sobre a doninha, segurando-a com os dentes. Em instantes, ela estava morta, sendo devorada em seguida pelo felino.
"Céus, muito obrigado", disse o rato, que viu toda a cena pela abertura da toca. "Em gratidão, vou sair e oferecer um pouco de minha comida para você." E assim foi feito. Mas, aliviado por ter escapado de um perigo, o tolo se esqueceu de outro. O gato, por ser um gato, acabou devorando-o também.